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segunda-feira, 11 de abril de 2011

SAPOS AMASSADOS.

Ladys and gentlemen, buenas noches.
O título da postagem hoje era pra ser PASTEL DE SAPO, mas o que acabei adotando depois, creio, cai melhor. Explico já, já.
As chuvas por aqui começaram, isto quer dizer que o calor diminuiu. Bom? Sem dúvida, mas as chuvas trazem também certos inconvenientes, umidade (que altera os papéis que uso para aquarela e grudam as páginas dos meus book arts, papel couchê cês sabem como é, né?), mosquitos e alagamentos em determinados trechos - e nem precisa chover torrencialmente como em alguns lugares. Mas relaxem, não vou começar a reclamar da chuva não. No momento estou preferindo assim, quando encher o saco vocês saberão.
Este período tráz também um outro elemento pitoresco:
Os sapos.
Sim, amadas e amados, em dias de chuva, estes simpáticos bichos horrendos que, dependendo do tamanho impõem horror ao mais valente dos homens (eu, claro, me incluo), dão as suas caras horripilantes - sempre às noites - nas ruas do bairro.
Mesclado ao gostoso barulho de chuva (gostoso quando se está em casa, lógico), ouvimos aquele coral de anuros, em lugares indefinidos.
Tempos atrás, um sapo de grandes proporções (sei lá, acho que pesava mais de um quilo), resolveu fazer morada no jardim aqui do prédio. Se a função dele era comer insetos não estava fazendo um bom serviço, mas se era pular na sua frente quando se estava distraído, provocando gritos de susto, ah, então ele deveria ser promovido a gerente. Todo mundo aqui do condomínio tinha um comentário a respeito pra fazer. Eu mesmo, quando chegava à noite, dava uma boa espiada em volta, tentando localiza-lo entre os vasos de plantas, ou na relva, pra não ser pego de surpresa. Chato mesmo era quando ele ficava bem no meio do caminho. Eu tinha que passar por ele com cuidado, e ele nem aí, nem se movia. É um bicho inofensivo, útil, até, mas feio demais coitado.
Depois de um tempo, sentimos falta dele.
Sumiu.
Presumi que ele tivesse sido atropelado.
Sim, é bastante comum durante o dia ver nas ruas os cadáveres (de diversos tamanhos) esmagados desses animais. Já observei várias vezes, eles ficam estáticos no meio da rua, nem se dão conta quando o carro passa em alta velocidade.
Dia destes, na rua onde um gavião me atacou certa vez (os que me acompanham desde o pricípio vão se lembar desta postagem), vi uma cena pra lá de desagradável. Um sapão (maior que o nosso inquilino) morto com as tripas todas de fora. Saíam pela bocarra. Deve ter sido assim, o carro o pegou, mas passou apenas em metade do seu corpo. Como resultado, as entranhas foram comprimidas para fora. Blagh!!!
Se eu tivesse planejado esta postagem, teria feito um sapo pra ilustrar, mas.... pensando bem, não teria dado tempo. As capas dos livros tão dando um puta trabalho. Ficamos então com a figura desta mulher, feita com lápis de cor aquarelado. Saiu numa revista, nem lembro mais qual. 

Nas HQs do Zé Gatão muitas vezes os sapos são retratados como bichos pouco confiáveis, mas não tenho nada contra eles não. Basta que fiquem lá, na rua. Mas deviam tomar mais cuidado com os carros, pô.

2 comentários:

  1. Fala, Eduardo! Rapaz, esse seu texto me fez muito bem! Dei muita risada e o ar por aqui ficou mais leve, kkkkk. Talvez esse seu sapo do condomínio fosse o Poderoso Thor,(houve uma fase em que ele se transformava em sapo) e agora, novamente na forma humanóide, voltou para Asgard e suas aventuras.
    Acho que tenho a revista que têm esse desenho da mulher. Muito bom!
    Ótima semana pra vc e a Verônica.
    Abração,

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  2. É mesmo cara, o Thor, acho que você matou a charada.
    Abraços.

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