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domingo, 26 de novembro de 2017

ALGUMAS PALAVRAS FALADAS NA SOLIDÃO DO DESERTO.

O calor chegou, finalmente; não bateu na porta, chutou-a com a violência que lhe é peculiar e se instalou em quase todos os aposentos mostrando com fúria quem é que manda (eu digo quase todos os aposentos porque o irmão mais novo da Vera, que mora conosco, tem ar condicionado em seu quarto). É de novo o período que temos que deixar o ventilador ligado 24 horas por dia, onde molhamos o travesseiro de suor e a fadiga no corpo é onipresente.

A três noites atrás faltou luz. Demorou pra chegar, isso não é novidade mas eu pensei: caramba! não tenho mais saco nem para reclamar!

As editoras com quem trabalho deram um tempo, parece aquela mulher que quer te dar um fora e vem com a conversa de ficar um pouco distante para melhor avaliar a situação e ver se vale a pena continuar.
Pra não dizer que não estou totalmente inativo, labuto em umas encomendas para um cliente específico, um médico que parece ser muito fã da minha arte. Isto tem quebrado um galho imenso. Devem haver muitos fãs por aí, mas a maioria não deve ter dinheiro.

Nos intervalos vou esboçando as páginas de uma nova aventura do Zé Gatão. Faço para mim mesmo, como uma terapia, para não ser engolido de vez pela depressão. Como vou publicar isto depois que estiver pronto? Não tenho a menor ideia, depois penso a respeito.

Tem surgido eventos de quadrinhos aqui e acolá, em shoppings, feiras de livros, faculdades. Não posso ir em todos, tempo e grana. Faço um esforço para comparecer naqueles onde sou formalmente convidado.

Esta semana recebi o PDF em baixa resolução para avaliação do Nekrópolis, antologia de horror onde contribuo com uma curta história de zumbis. Livro muito legal a ser publicado em breve. Há uma variedade muito grande de autores, alguns já viraram lenda no cenário das HQs nacionais, como Arthur Garcia, Mozart Couto, Eugênio Colonnese, Rodval Mathias entre vários outros que desconheço, a maioria gente nova no pedaço, eu creio.

E deve vir a público em breve O BICHO QUE CHEGOU À FEIRA, uma HQ em que desenho alguns capítulos ao lado de outras feras do traço, como Allan Alex e Alex Genaro; já recebi pelo correio o contrato, assinei e mandei de volta. Agora é esperar para ter o livro nas mãos. Sobre estas duas edições eu pretendo postar aqui quando saírem.

Ainda nenhuma notícia da biografia do Edgar Allan Poe e nem do NCT. Muito menos Caim e Abel, já que o editor que encomendou encerrou suas atividades, este material deve ter ficado no limbo.

Abaixo o estudo que fiz para o Ultraseven.


Um amigo me falou dia desses que não sabe como consigo viver assim: um mês de cada vez, sem a certeza de como será o próximo. Na verdade eu também não sei. MAS DEUS SABE.






4 comentários:

  1. Oi, Schloesser! Gostei demais desse Ultraseven. Vou mostrar pro meu irmão, que era fã dele. Quando alguma das HQs sair, reserve pra mim, OK? Bobeei e quase perdi a do Zé Gatão. Não quero passar por esse susto de novo. Abraço!

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  2. Fala, Eduardo! Não vou me juntar ao coro das reclamações, mas também me pergunto às vezes como consigo viver do jeito que vivo. Reclamo pouco, mas só eu sei, kkk...às vezes penso que estou pegando o jeito, mas de repente tudo muda...Mas tento continuar otimista. Grande abraço e força aí!

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    1. Salve, Gilberto! Pois é, rapaz, não é fácil viver assim, sem um salário fixo que lhe permita alguns planejamentos, mas vamos vivendo, desistir não é uma opção. As vezes o cansaço e desilusão chegam ao extremo, daí só me resta o desabafo. Mas vamos tocando o barco. Fique firme aí um abraço forte!

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